sexta-feira, 4 de setembro de 2009



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  • Seu corpo era ligado a um olho d'água, lá no fundo do oceano, onde a água brotava livremente, límpida. 
  • Era uma oscilação entre força e delicadeza. A força física da terra, junto com a delicadeza das bolhas de ág

  • ua que se formavam em ritmo ordenado,calmo e contínuo. 
  • Ao lado, espalhavam-se jóias coloridas e moedas de ouro, daquelas bem gordas, como tesouro mesmo.

  • Seu corpo todo foi tomado por aquele tesouro, gotas d'ouro pingavam por todos os lados, experimentava uma sensação de relaxamento e beleza.  (Lembrou de filmes que via na infância, onde grupos de crianças perdidas achavam navios com tesouros esplendorosos, em paisagens incríveis brincavam, riam e mergulhavam em aguas claras vivendo aquilo com intenso prazer, e a menina, no sofá da sala maravilhada, querendo pular para dentro da televisão)

  • Foi parar num ritual sagrado a beira mar, onde a Rainha do Mar saudava os presente.
  •  Todos estavam lá, pescadores e marinheiros, senhoras religiosas, crianças, pessoas que passavam despretensiosamente, entretanto estava tão entregue ao momento que era como se estivesse sozinha. Ela e o Universo. Inventava mantras em sua cabeça, juntava um pouco de tudo que já tinha aprendido, mesclando crenças, unificando-as em si.
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  • Jogava tudo que não lhe pertencia no mar, faxinava-se, habitava todos os cantos de seu ser e com um esfregão, tirava as cracas rebeldes que teimavam em se meter onde não haviam sido chamadas.
  • A água salgada tinha o potencial de lavar lhe a alma.







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2 comentários:

Manoela Campos disse...

Oi Luna, não sabia que estava por aqui também. Te adicionei lá no meu.

Beijão. Gostei muito!

Colageno de Dona–Turu disse...

Ah, tb vou te adicionar, assim podemos nos encontrar por aqui!!!

bjão!!!